Sobre fofocas

Bárbara: Babica, já percebeu como no recreio sempre tem gente cochichando sobre quem não está ali?

Babica: Sim! “Fulana brigou com ciclano”, “ele cortou o cabelo”, “acho que ela gosta dele”… isso é fofoca?

Bárbara: É. Fofoca é quando a gente fala de alguém que não está por perto.

Babica: Vamos falar sobre fofoca?

Bárbara: Vamos! Mas antes, quem é o ouvinte de hoje?

Babica: Hoje são a hoje são a Valentina e seu papai Mario!

Comentário do ouvinte: Boa noite Bárbara e Babica eu sou Mário Santos pai da Valentina Teresa e nós estamos mandando a segunda mensagem a primeira foi com a mãe Michelle Temes mas como ela gosta muito muito muito muito do programa ela escuta de manhã à tarde e na hora de dormir a gente está mandando outra vez ela queria muito mandar a segunda mensagem para falar o quanto ela gosta da do programa café com leite Oi Bárbara Oi Babica eu tenho 7 anos e escuto toda hora café com leite escuto de noite escuto de tarde escuto de manhã escuto antes dos meus compromissos escuto toda hora que eu estou em casa eu amo o café com leite vida longa café com leite o meu episódio meu favorito foi o episódio o menino fazendo xixi.

Babica: Nossa, a Valentina escuta a gente toda hora!

Bárbara: Ahahahaha, assim vai ficar muito inteligente!

Babica: Um beijão Valentina! Nós também amamos vocês! Entre em contato conosco para acertarmos o envio da camiseta!

Bárbara:  Olha, se você gostou do nosso Café Com Leite, mande uma mensagem de voz para o nosso WhatsApp: 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, ela será publicada em um próximo episódio, e você também ganhará uma camiseta muito especial!

Bárbara: Então, Babica, sabe o que é fofoca?

Babica: Acho que é quando a gente fala de alguém… certo?

Bárbara: Isso. Fofoca é falar sobre uma pessoa que não está ali para se explicar.

Babica: Mas e se eu disser “a Ana cortou o cabelo”?

Bárbara: Pode ser só uma notícia. O problema é quando a gente aumenta, julga ou fala por mal, tipo “ela se acha”. Aí machuca.

Babica: Entendi.

Bárbara: Às vezes aquele cochicho no recreio é só notícia boba, tipo contar que alguém trocou de mochila. Mas, quando a gente coloca veneno, aumenta a história ou fala por mal, aí machuca.

Babica: Então fofoca pode ser leve ou pesada?

Bárbara: Pode. O problema é que a fofoca pesada espalha rápido, igual aquele jogo do telefone: cada um muda um pedacinho e, no fim, a história vira outra. E quem é falado pode ficar triste por muito tempo.

Babica: Então por que a gente fofoca?

Bárbara: Porque somos curiosos, queremos entender o que está acontecendo, queremos pertencer ao grupo e, às vezes, a gente acha engraçado contar uma história. Também acontece quando alguém quer parecer mais importante ou quando está com ciúme.

Babica: E como isso começa?

Bárbara: Quase sempre com uma frase baixinha…

Babica: Já sei! Assim (falando baixinho) “Você ficou sabendo…?”.

Bárbara: Isso mesmo. Aí vem um detalhe, depois outro, e quando vemos já estamos falando da vida dos outros. E tem uma armadilha: quem vive falando mal dos outros com você pode falar mal de você para os outros. A confiança vai embora.

Babica: É verdade… Mas o que eu faço quando me dá aquela coceira na língua para contar algo?

Bárbara: Lembra do Semáforo das emoções?

Babica: Lembro, sim!

Bárbara: Use aqui! Imagina um semáforo na sua cabeça. Vermelho: pare e respire três vezes. Amarelo: pense. Faça três perguntinhas simples: é verdade mesmo? É gentil? Vai ajudar alguém? Se a resposta for “não” para alguma delas, melhor ficar quieta ou falar direto com a pessoa. Verde: só fale se for seguro, necessário e sem maldade.

Babica: E se alguém vier fofocar comigo?

Bárbara: Você pode não dar corda. Fica em silêncio e muda de assunto. Ou diz algo que amacia a conversa, tipo: “Será que foi isso mesmo?” ou “Talvez ela tenha tido um dia difícil”.

Babica: Ai… mas vou ficar curiosa!

Bárbara: Ahahahaha, essa é a força da fofoca! Ela deixa a gente curiosa!

Babica: Vai ser difícil…

Bárbara: Outra opção é combinar: “Vamos perguntar pra ela quando estiver aqui?”. Assim a história termina do jeito certo, com a pessoa podendo explicar.

Babica: Hummmmm… E quando a fofoca é sobre mim?

Bárbara: Dói, eu sei. Procure um adulto de confiança, conte o que aconteceu e, se der, converse com quem falou. Sem gritar, sem brigar.

Babica: Vou dizer assim: “Ouvi isso e fiquei chateada. Queria entender”.

Bárbara: Isso. Às vezes a pessoa nem percebeu que machucou. Se percebeu, pode pedir desculpas.

Babica: E eu vou descobrir se ela está com más intenções, né?

Bárbara: Isso mesmo. E lembre: você não precisa repetir a fofoca para todo mundo. Quanto menos gente ouvir, mais rápido ela morre.

Babica: E se eu escorregar e fofocar?

Bárbara: Acontece. Somos humanos.

Babica: Eu sou um avatar!

Bárbara: Sim, um avatar que faz tudo que nós, humanos, fazemos!

Babica: Então eu também fofoco… (tristinha)

Bárbara: Pois é. O importante é perceber rápido, assumir o erro e consertar. Você pode dizer: “Falei da pessoa e não gostei do que fiz. Desculpa. Não vou repetir”. Isso ajuda a reconstruir a confiança.

Babica: Gostei do semáforo. Acho que vou usar sempre.

Bárbara: Ajuda muito. Outra ideia é começar o dia com uma decisão simples: “Hoje vou tentar não fofocar”. E terminar pensando: “Fui justa? Falei pelas costas?”

Babica: Ninguém obriga a gente a fofocar, né?

Bárbara: A gente escolhe se vai fofocar ou não. Se errou, tenta de novo amanhã. Também vale escolher bem com quem você anda. Ficar perto de quem não alimenta fofoca. A turma onde a gente anda puxa a gente para cima… ou para baixo.

Babica: E se eu realmente precisar saber de algo da turma?

Bárbara: Pergunte pelos fatos, sem apelidos, sem xingamentos, sem inventar. Tipo: “A prova é amanhã?” ou “Eles ainda estão brigados?”. Dá para se informar sem machucar ninguém.

Babica: Então o segredo é simples: respirar, pensar e só falar o que é verdade, gentil e que ajuda.

Bárbara: Isso. E lembrar de uma regra de ouro: fale dos outros como você gostaria que falassem de você quando você não está presente. Palavra boa deixa o coração leve.

Babica: Desafio do dia: passar 24 horas sem fofocar. Topa?

Bárbara: Topo! E, quando der vontade, a gente respira, pensa e escolhe o verde do semáforo. Combinado?

Babica: Combinadíssimo!

Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…

Babica: E eu sou a Babica. O avatar da Bárbara que mora no celular dela.

Bárbara: Somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A e o texto e direção são do Luciano Pires.

Babica: Ah, mas tá faltando uma coisinha. Você já se tornou um assinante do Café Com Leite? É só acessar o podcastcafecomleite.com.br! E não esqueça de me visitar no oibabica.com.br

Bárbara: Isso mesmo! Se assinar, você nos ajuda a continuar a fazer este podcast com muito carinho! Ah, e os assinantes têm um conteúdo extra, sempre que termina o episódio. Hoje vamos falar mais um pouco sobre como devemos nos comportar quando a fofoca é sobre nós.

Babica: Ebaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Bárbara: E hoje, Babica, como vamos encerrar o episódio?

Babica: Vou com velho ditado:

“Antes de falar, deixe suas palavras passarem por três portas: é verdade? é necessário? é gentil?”

Compartilhe este post