Babica: Bárbara, hoje eu estou tristinha…
Bárbara: Ué? O que foi que aconteceu?
Babica: Ah, um avamigo está sofrendo na escola…
Bárbara: Avamigo?
Babica: É. Avatar de amigo.
Bárbara: Mas o que aconteceu?
Babica: Ah, alguns avatares estão provocando ele…
Bárbara: Já sei! Praticando Bullying!
Babica: Bulingue?
Bárbara Bullying. Não sabe o que é?
Babica: Sei. É quando alguém implica com alguém, né?
Bárbara: Bem… é um pouco mais que isso. Vamos falar a respeito?
Babica: Vamooooooossssss!!
Bárbara: Mas antes, quem é o ouvinte de hoje?
Babica: Hoje são a Marcela, a Olívia e o Nicolas.
Comentário do ouvinte: Oi, Bárbara. Oi, Babica. Eu sou Marcela. Eu tenho uma filha que chama Olivia, de 10 anos, e tenho o Nicolas, de 8 anos. Nós todos os dias vamos para a escola ouvindo café com leite. Nós amamos. Parabéns para vocês por esse projeto. A gente acompanha vocês desde o primeiro episódio e temos mandado alguns áudios aí, mas ainda não fomos escolhidos para poder nosso áudio aparecer. Eu adoro Luciano, acompanho ele também e a Olivia vai ter um recadinho para vocês. Logo, ela tá fazendo 11 anos, dia 1º de agosto, ela tá fazendo 11 anos. Olivia, fala o recadinho para Babica e para Bárbara. Oi, Babica. Oi, Bárbara. Eu amo muito café com leite. Eu tenho aprendido muito com vocês e agora eu, minha irmã e minha mãe estamos assistindo o episódio 5. 1777. A história das emoções. Eu vou recomendar para várias pessoas vocês e também já recomendei para uma amiga minha. Oi, Kabica. Oi, Bárbara. Eu amo o seu canal e eu quero muito que o nosso venha pra ir. E o meu episódio favorito foi o que vocês falaram do Rio Grande.
Babica: Ah, que legal! Família que ouve o Café Com Leite junto…
Bárbara: é família com crianças inteligentes e pais que se importam!
Babica: Um beijão pra Marcela, Olívia e Nicolas. Tá vendo como funciona? Se o seu áudio não for escolhido, mande de novo! Quem sabe uma hora acontece como hoje? Beijoooooooooo!
Bárbara: Isso mesmo! Marcela, Olívia e Nciolas, entrem em contato conosco para acertarmos o envio. Um beijão para todos!
Babica: Olha, se você gostou do nosso Café Com Leite, mande uma mensagem de voz para o nosso WhatsApp: 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, ela será publicada em um próximo episódio, e você também ganhará uma camiseta muito especial!
Babica: Bullying… Bárbara, de onde veio esse nome esquisito? Ela nem parece portugues!
Bárbara: Boa observação, Babica! “Bullying” é uma palavra em inglês. Ela vem do verbo to bully, que significa “intimidar”, “amedrontar”, “maltratar”.
Babica: Ué, mas sempre teve esse significado?
Bárbara: Na verdade, não! Olha que curioso: no século 16, a palavra bully queria dizer algo como “querido” ou “amigo”. Era uma palavra carinhosa!
Babica: Mentiraaa! Então já foi um elogio?
Bárbara: Já sim! Só que, com o tempo, o significado mudou. Lá pelo século 17, bully passou a ser usado pra falar de pessoas que se achavam melhores que as outras e usavam a força pra mandar nos outros. Aí virou o que a gente conhece hoje: alguém valentão, que intimida, que oprime.
Babica: E quando começaram a usar a palavra do jeitinho que a gente conhece hoje?
Bárbara: Foi só nos anos 1970, com um psicólogo da Noruega chamado Dan Olweus ( Dan Oueus). Ele estudou o comportamento de alunos nas escolas e mostrou que o bullying era um problema sério, e não só “brincadeira de criança”.
Babica: Que legal! Quer dizer… não o bullying, né? Mas saber de onde veio o nome!
Bárbara: Isso mesmo! Quando a gente entende de onde vêm as palavras, entende melhor também como elas viraram o que são hoje.
Babica: Eu adoro conhecer a origem das palavras… Mas então, Bárbara, me explique o que exatamente é bullying?
Bárbara: Bullying é quando alguém machuca outra pessoa de propósito — não só uma vez, mas repetidamente, durante um tempo. Pode ser com palavras, atitudes ou até pela internet.
Babica: Nossa… então não é só uma briguinha ou uma piada que deu errado?
Bárbara: Não. Todo mundo pode se desentender de vez em quando ou machucar sem querer. Mas bullying é diferente: é uma agressão feita de propósito, pra ferir, excluir ou humilhar alguém.
Babica: E tem mais de um tipo de bullying?
Bárbara: Tem sim. Tem o bullying físico, que envolve empurrões, socos ou estragar coisas da outra pessoa. Tem o bullying verbal, que é feito com palavras: xingamentos, apelidos maldosos, ameaças…
Babica: Ih, já vi isso acontecer no recreio.
Bárbara: E tem o bullying social, que é mais escondido: deixar alguém de fora das brincadeiras, espalhar fofocas, fazer os outros não falarem com a pessoa.
Babica: E aquele que acontece na internet?
Bárbara: Esse é o cyberbullying. Quando alguém posta coisas cruéis sobre outra pessoa, manda mensagens ofensivas ou espalha boatos online.
Babica: Mas por que alguém faria isso, Bárbara?
Bárbara: Existem muitos motivos. Às vezes, quem faz bullying também tá sofrendo. Pode estar triste, com problemas em casa ou tentando parecer forte, mesmo se sentindo frágil.
Babica: Tem gente que faz pra chamar atenção?
Bárbara: Sim. E tem quem só queira se encaixar, ou tenha medo de ser o próximo alvo. Mas nada disso justifica maltratar alguém.
Babica: Uau… e tem quem já sofreu bullying e acaba fazendo também?
Bárbara: Exatamente. Às vezes, a dor que a pessoa sente vira raiva, e ela desconta em alguém. Mas isso só piora as coisas.
Babica: Você conhece alguma história de bullying que deu pra resolver?
Bárbara: Conheço sim. Tenho uma prima que adorava ir pra escola. Mas começou a sofrer bullying porque usava sempre o mesmo agasalho. Os “amigos” riam dela, colocavam apelidos, e ninguém a defendia.
Babica: Que triste! Ela contou pra alguém?
Bárbara: No começo, não. Ela ficou calada, com vergonha. Começou a se isolar, parou de participar das aulas… até que uma professora percebeu que ela estava diferente, conversou com ela e ajudou a resolver.
Babica: Ainda bem que ela não ficou sozinha!
Bárbara: Isso mostra como é importante observar, conversar, e pedir ajuda quando algo não tá bem.
Babica: Bárbara, o bullying acontece mais em alguma idade?
Bárbara: Acontece mais no ensino fundamental, principalmente entre o 6º e o 9º ano. É uma fase em que os alunos estão mudando, querendo se encaixar, e às vezes isso vem acompanhado de inseguranças e disputas.
Babica: E quem faz bullying também sofre?
Bárbara: Muitas vezes, sim. Pesquisadores mostraram que quem pratica bullying pode ter baixa autoestima, tristeza e até problemas de comportamento. E lá na frente, isso pode virar problemas sérios de saúde mental.
Babica: E quem sofre bullying… sempre conta pra alguém?
Bárbara: Infelizmente, não. Só 1 em cada 10 crianças conta pra um adulto. Muita gente tem vergonha, medo de apanhar ou de ser chamada de “dedo-duro”.
Babica: Que pena… então a gente tem que ficar de olho!
Bárbara: Isso mesmo. Mudança de comportamento, queda nas notas, tristeza… tudo isso pode ser sinal de que algo está errado. Se você perceber, fale com um adulto. E se você estiver sofrendo, procure ajuda. Não guarde pra você.
Babica: E se eu perceber alguém sendo zoado, o que eu faço?
Bárbara: Você pode acolher quem tá sofrendo. Dizer “eu vi, você não tá sozinho”. Pode convidar a pessoa pra brincar, conversar. E o mais importante: contar pra um adulto. Isso não é fofoca. É coragem.
Babica: A gente pode ajudar a mudar tudo isso, né?
Bárbara: Com certeza. Se todo mundo ajudar, o bullying perde a força. A escola pode ser um lugar mais legal, mais seguro e cheia de amizades verdadeira. O bullying não é só uma “brincadeira de mau gosto”. É um problema sério, que precisa ser enfrentado com informação, coragem e empatia.
Babica: Então se você viu, se aconteceu com você ou com um amigo… não se cale! Fale com alguém em quem você confia!
Bárbara: E lembre-se: no Café Com Leite, a gente aprende a pensar… e a cuidar uns dos outros.
Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…
Babica: E eu sou a Babica. O avatar da Bárbara que mora no celular dela.
Bárbara: Somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A e o texto e direção são do Luciano Pires.
Babica: Ah, mas tá faltando uma coisinha. Você já se tornou um assinante do Café Com Leite? É só acessar o podcastcafecomleite.com.br! E não deixe de me visitar no oibabica.com.br
Bárbara: Isso mesmo! Você nos ajuda a continuar a fazer este podcast com muito carinho! Ah, e os assinantes têm um conteúdo extra, sempre que termina o episódio. Hoje vamos falar mais um pouco sobre o que dá para fazer para acabar com o bullying.
Babica: Vivaaaaaaaaaaaaaa
Bárbara: E hoje, Babica, como vamos encerrar o episódio?
Babica: Vou trazer uma frase do escritor Wayne Dyer (Ueine Dáier)
“Quando você tem a escolha entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.”