Bárbara: Babica, você sabia que algumas lendas podem ensinar lições importantes sobre respeito e cuidado com os mais velhos?
Babica: Ah, adoro lendas, elas sempre têm lições importantes! Qual é a história de hoje?
Bárbara: Vou te contar uma lenda Apache que fala sobre um costume antigo.
Babica: Apache?
Bárbara: Os Apaches são um povo indígena da América do Norte, que vive principalmente nos Estados Unidos. Eles são conhecidos por serem guerreiros corajosos e grandes caçadores. No passado, os Apaches moravam em regiões como o Arizona, o Novo México e o Texas, em aldeias no meio do deserto e das montanhas.
Babica: São os que aparecem nos filmes?
Bárbara: Eles mesmos. Os Apaches também têm uma cultura muito rica, cheia de tradições, lendas e costumes especiais. Eles valorizam muito a natureza, a família e o respeito pelos mais velhos. Vamos hoje com uma lenda deles.
Babica: Ebaaaaaaaaaaaaaaa.
Bárbara: Eu sou a Bárbara Stock
Babica: E eu sou a Babica, o avatar da Bárbara que vive dentro do celular dela.
Bárbara: Somos as apresentadoras do Podcast Café Com Leite
Babica: Um podcast para famílias com crianças inteligentes…
Bárbara: …e pais que se importam! Vamos à história?
Babica: Vamoooosssss
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Bárbara: Então, Babica, muito tempo atrás, os guerreiros da aldeia apache, quando envelheciam e não conseguiam mais caçar, eram levados para um campo distante e deixados lá para morrer.
Babica: Que absurdo, Bárbara! Mas por que eles faziam isso com os velhinhos?
Bárbara: Naquela época, eles achavam que, como os mais velhos não podiam mais ajudar a aldeia, era melhor deixá-los partir.
Babica: Mas que gente ruim!
Bárbara: Não é que eles fossem ruins, Babica. Era o costume, que com tempo, vai se modernizando.
Babica: Tomara que melhorem esses costumes.
Bárbara: Então. Um dia, algo diferente aconteceu.
Babica: O que foi?
Bárbara: Um jovem guerreiro percebeu que seu pai já estava muito velho e não conseguia mais caçar. Com o coração apertado, porque ele amava muito o pai, decidiu seguir o costume e levá-lo ao campo santo.
Babica: Mas que amor esquisito esse!
Bárbara: Pois é. Ele arrumou as coisas do pai, colocou comida e as ferramentas de caça e guerra no alforje, e partiu com ele.
Babica: Alforje?
Bárbara: Um alforje é composto de duas bolsas feitas geralmente de couro ou tecido resistente. As duas bolsas são ligadas por uma faixa de couro ou tecido, e ficam uma de cada lado do corpo da pessoa ou do cavalo.
Babica: Ah, vejo sempre nos filmes. Mas deve ter sido difícil para o jovem preparar o abandono do pai, né?
Bárbara: Foi sim, Babica. Quando chegaram ao campo santo, o jovem arrumou tudo para o pai e deu a ele um cobertor novo, bem felpudo. Ele disse: “Pai, esse é o melhor cobertor que um Apache pode ter, e eu estou te dando porque você foi o melhor pai que um Apache pode ter.”
Babica: Muito triste isso. O que aconteceu depois?
Bárbara: O velho pai pegou sua faca e cortou o cobertor ao meio. Ele dobrou uma das metades e devolveu ao filho, dizendo: “Não preciso de um cobertor tão grande. Guarde essa metade, porque o seu filho pode não ser tão generoso com você como você está sendo comigo.”
Babica: Nossa, que coisa triste! O pai ainda estava pensando no filho, mesmo sendo deixado para trás!
Bárbara: Sim, isso tocou o coração do jovem guerreiro. Ele se sentiu um ingrato por abandonar o pai, que sempre cuidou tão bem dele. Então, ele decidiu voltar com o pai para a aldeia.
Babica: E o que a aldeia fez quando eles voltaram?
Bárbara: Depois desse dia, os Apaches decidiram que nunca mais abandonariam seus velhos. Em vez disso, eles formaram um conselho de anciãos, composto pelos membros mais antigos da aldeia. Esses anciãos, com toda a sua sabedoria e experiência, passaram a ajudar a tomar as decisões importantes para o povo.
Babica: Que legal! Então, o que antes era um costume triste se transformou em algo que fortaleceu a aldeia.
Bárbara: Exatamente! A partir dessa mudança, o povo Apache aprendeu a valorizar a sabedoria dos mais velhos, e até hoje as decisões são feitas por esse conselho de anciãos.
Babica: Puxa, que história bonita!
Bárbara: É mesmo. E o que podemos aprender com ela?
Babica: Aprendemos sobre Respeito e Cuidado com os Mais Velhos. Eles têm um valor imenso por sua sabedoria e experiência. Em vez de serem vistos como um “peso”, eles podem ser uma fonte importante de conselhos e orientações.
Bárbara: Isso mesmo. Aprendemos também sobre a Importância da Gratidão: o jovem guerreiro percebeu que abandonar o pai seria ingrato, considerando tudo o que o pai fez por ele. A gratidão é uma qualidade que devemos cultivar, reconhecendo as coisas boas que as pessoas fazem por nós.
Babica: E também aprendemos sobre Mudança de Tradições. Nem todas as tradições e costumes precisam ser mantidos se não são justos ou bons para todos. O povo Apache decidiu mudar sua tradição para cuidar melhor de seus anciãos, mostrando que é importante evoluir e adaptar nossas práticas com o tempo.
Bárbara: Também aprendemos a tratar a Sabedoria como um Tesouro. Ao criar o conselho de anciãos, a história nos lembra de como a sabedoria adquirida ao longo da vida pode ser usada para o bem de toda a comunidade. Ouvir e aprender com quem tem mais experiência é algo que pode nos ajudar em nossas decisões.
Babica: Isso mesmo! E também aprendemos sobre Empatia e Amor. O gesto do pai ao devolver metade do cobertor mostra como o amor e a preocupação pelos outros podem existir mesmo em situações difíceis. A empatia é fundamental para construirmos relações fortes e duradouras.
Bárbara: Isso mesmo!
Babica: Quantas lições bonitas, Bárbara! É importante valorizar quem veio antes de nós e ouvir o que eles têm a ensinar. Comecei a ouvir a história preocupada com o velho pai e terminei feliz!
Bárbara: Isso mesmo, Babica! A experiência dos mais velhos é um tesouro que devemos cuidar com carinho
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Bárbara: Olha, de onde veio esta história, tem muito mais! De quando em quando vamos contar outras. E você que está nos ouvindo, precisa conhecer o Podcast Café Com Leite!
Babica: Isso mesmo! Em podcastcafecomleite.com.br
Bárbara: Café Com Leite! O podcast para famílias com crianças inteligentes…
Babica: … e pais que se importam!
As duas: tchaaaaaaaaauuuuu!