Bárbara: Babica, hoje tem fábula pra gente pensar com o coração e com a cabeça. Já ouviu “A Raposa e a Cegonha”?
Babica: Só o título. É sobre o quê?
Bárbara: Uma raposa esperta que vivia caçoando da aparência da cegonha.
Babica: Ah, lá vem outra história sobre bullying?
Bárbara: Eu acho que é sobre empatia! Eu sou a Bárbara Stock.
Babica: E eu sou a Babica, o avatar da Bárbara que vive dentro do celular dela e agora na página oiBabica.com.br
Bárbara: Somos as apresentadoras do Podcast Café Com Leite.
Babica: Um podcast para famílias com crianças inteligentes…
Bárbara: …e pais que se importam! Vamos à história?
Babica: Vamoooosssss!
Bárbara: Então, Babica, havia duas amigas, a raposa e a cegonha.
Babica: Nas suas histórias os bichos sempre se dão bem, né?
Bárbara: Ah, nem sempre… já teve leão comendo o burro, lembra?
Babica: É mesmo. E Raposa comendo galinha, pato, pintinho…
Bárbara: Pois é. Mas um dia a raposa convidou a cegonha: “Venha jantar comigo hoje.” E fez isso com um sorrisinho debochado…
Babica: Ih… quando começa com sorrisinho, vem pegadinha.
Bárbara: Pois é. A raposa serviu uma bela sopa…
Babica: Sopa? Éeeccaaa!!!
Bárbara: Ué? Você não gosta de sopa?
Babica: Eu não! Sopa é só água com coisas dentro!
Bárbara: Que é isso, menina! Sopa é tipo um abraço: hidrata e nutre.
Babica: Abraço?
Bárbara: Olha só: o caldo leva vitaminas dos legumes, é fácil de digerir e esquenta por dentro.
Babica: Até parece que vira uma refeição completa…
Bárbara: Vira mesmo! Legume mais proteína, que pode ser frango ou feijão, mais carboidrato, que pode ser arroz ou macarrão, tudo na mesma tigela. E como tem bastante líquido, ajuda o corpo a repor água sem nem perceber.
Babica: Então é comida e bebida ao mesmo tempo?
Bárbara: Quase isso. E concentra nutrientes, Babica. Quando você cozinha legumes no caldo, parte das vitaminas vai pro líquido. A gente bebe o caldo e… tchã-rã: nada se perde.
Babica: Olha, to achando que vou dar uma chance pra sopa!
Bárbara: Faça isso, você não vai se arrepender.
Babica: E a sopa da Raposa?
Bárbara: Pois é… aí veio a pegadinha. A raposa serviu num prato bem raso. Ela lambeu tudo rapidinho. A cegonha, com aquele bico comprido, só conseguiu molhar a pontinha.
Babica: A raposa fez isso de propósito? Mas que falta de empatia!
Bárbara: Pois é. E ainda por cima a raposa ficou exagerando: “Hmm, que delícia!”
Babica: A cegonha deu uma bicada nela?
Bárbara: Ahahha, não, Babica. A cegonha ficou chateada, mas manteve a calma. Em vez de brigar, pensou: “Como ensino a raposa a ter empatia, sem gritar?” Dias depois, a cegonha convidou a raposa para jantar.
Babica: Ahá, vem contra-golpe elegante.
Bárbara: A cegonha serviu um peixe delicioso… dentro de um jarro alto, de pescoço bem estreito.
Babica: A raposa não conseguia enfiar a cabeça no jarro!
Bárbara: Não. Mas a cegonha alcançava a comida com o bico longo e fino. A raposa só cheirava e lambia o vidro.
Babica: Ahahahahaha… a raposa tomou uma lição!
Bárbara: Sim. A raposa se irritou, e a cegonha falou com tranquilidade: “Não pregue peças nos outros se você não aguenta quando fazem o mesmo com você.”
Babica: Moral direta. Mas e a tal empatia?
Bárbara: Aí está o ponto. Se a raposa tivesse pensado um minutinho no corpo da cegonha — “com esse bico, prato raso funciona?” — e como ela sofreria por não conseguir tomar a sopa, não teria humilhado a amiga. Empatia é imaginar a cena do outro antes de agir.
Babica: Tipo usar o “modo cegonha”: olhar o mundo com o bico dela.
Bárbara: Ahahaha, gostei do nome. E dá pra usar o semáforo das emoções: vermelho, parar e respirar; amarelo, pensar: “Como isso fica pra ela?”; verde, agir com cuidado.
Babica: Exemplos do dia a dia! Festa de aniversário: tem amigo alérgico? Então pensa no cardápio.
Bárbara: Perfeito, Babica. Empatia não é só “ser bonzinho”. É projetar o outro antes de decidir. É ajustar o prato, o jarro, a regra do jogo, a palavra que você vai dizer.
Babica: E tem outra lição: a cegonha não gritou, ensinou com elegância. Quando a gente se sente desrespeitado, dá vontade de revidar com raiva. Mas paciência e criatividade ensinam melhor que grito.
Bárbara: E justiça sem humilhação. A cegonha mostrou o erro sem destruir a raposa. Empatia também é corrigir cuidando.
Babica: Então, antes de agir, devemos usar três perguntinhas mágicas:
Primeira: “Se fosse comigo, eu curtiria?”
Segunda: “A pessoa consegue participar do jeito que estou propondo?”
Terceira: “Dá pra ajustar pra incluir mais gente?”
Bárbara: Isso mesmo! Se a resposta for “não”, é hora de trocar o prato raso pelo jarro certo — ou o contrário!
Babica: Ah, adorei essa história, Bárbara! Vamos fazer um combinado? Hoje a gente escolhe uma situação e usa o “modo cegonha”. Pode ser no almoço, no jogo, na sala de aula.
Bárbara: Combinado. Porque tratar os outros como gostaríamos de ser tratados é o começo. Tratar os outros como eles precisam ser tratados — isso é empatia de verdade.
Babica: E sem prato raso pra ninguém!
As duas: ahahahahahahah
Bárbara: Olha, de onde veio essa história, tem muito mais! E de vez em quando vamos contar outras.
Babica: Isso mesmo! Visite o podcastcafecomleite.com.br para saber mais!
Bárbara: Café Com Leite! O podcast para famílias com crianças inteligentes…
Babica: …e pais que se importam!
As duas: Tchaaaaaaaaauuuuu!